quinta-feira, 16 de junho de 2011

Escolha da família

E chegamos a um novo passo... A escolha da host family. 

Desde o início do processo, tento não sofrer por antecedência. É claro que, depois de ler milhões de histórias e ler bastante sobre o programa, é inevitável pensar nos passos futuros, idealizar certas coisas, sentir medo de outras etc. Mas sempre tentei me concentrar no presente, e me obriguei a sofrer por cada coisa no seu devido momento.  Portanto, nunca tinha pensando muito em como seria essa escolha da família. Inclusive, julgava que seria a parte mais light de todas.
Meu processo inicial foi mais lento que o de costume, por diversos motivos que já cansei de choramingar. Passou, passou. Como consequencia, entrei nessa fase de procurar famílias já bastante ansiosa e apressada, querendo viajar o mais rápido possível. Desesperada por um match. E claro, não tem nada de saudável nisso. 

Já converso com famílias há um tempo, mas por intermédio de uma agência não. E acho bem diferente conversar com alguém que eu fui atrás no GAP, que com alguém que veio até a mim através da agência. Senti uma diferença enorme. No GAP, eu me sentia mendigando emprego. Cheguei ao ponto de pagar para poder escrever pras famílias, e, sei lá, era estranho ter que me apresentar, falando minhas qualidades e tentar convencer que eu era o match perfeito e depois convence-los a entrar na agência. Argh, fadiga! Com a agência, as famílias é que deram o primeiro passo, e no primeiro contato, tentaram que convencer que eram a família perfeita (é claro que depois lá fui eu fazer o meu merchan também, né?!), já mostravam logo de cara que tinham algum interesse, o que dá a sensação que eu é quem estou escolhendo. Enfim, acho diferente. Até pq, com a agência você sabe que 'é pra valer'.  

Cada um pensa de uma forma na hora dessa escolha. Questão de prioridades. O que você quer fazer no seu ano como Au Pair? Sejamos realistas, é uma programa de trabalho, então tenha em mente que a prioridade aqui é essa, trabalhar, cuidar das crianças. O resto, cada um com o seu. Pra mim, seria viajar e fazer compras. A parte do estudo eu fiquei meio desiludida lendo os relatos, então, fazendo um curso de inglês, estou satisfeita. E sobre o que priorizar no que diz respeito ao dia a dia!? Carro? Schedule fixo? Fds off? Suite no basement? Número de kids? Região? Clima? São várias coisas a se pensar e acho complicadissimo interferir na escolha alheia, pq cada um sabe onde o calo aperta, certo?! Apesar de que, acho extremamente válido parar e ouvir a opinião de quem é ou já foi Au Pair, pq, meu caro, só quem tá lá pra saber. A gente teima, mas a verdade é que quem tá lá tem outra visão mesmo. Mas, voltando às prioridades... Por exemplo, uma das coisas que eu definitivamente não topo é host mom em casa o dia inteiro. Sem chance! E morar em roças, ou naquelas casas longe de tudo, onde a farmácia mais próxima fica a 45 minutos de carro. No way! Ou ainda, uma família com 5 crianças pequenas, sendo que ainda não vão pra escola e... AHH, me vejo careca de tanto stress em menos de 2 semanas.

Confesso que, assim que descobri o programa Au Pair, logo idealizei uma host family. No caso, seria assim: Single mom, 2 girls (12 e 5), dc area, suite no basement, carro só pra au pair, fds off, housekepper every day e um curso excelente. Sem contar que, no fim das contas, eles não iriam precisar mais de mim, e pagariam minha passagem pro Brasil depois de 6 meses (até então, pra mim era inconcebivel a idéia de ficar 1 ano fora), hahahaha, sonho meu! Mas tááá, só durou até as primeiras leituras sobre a realidade auperiana. Já tenho plena consciência que família perfeita não existe. :)
 Então, né, idealizar uma família não rola. Mas fazer certas exigências durante a escolha, é totalmente compreensivel e eu diria que até correto. Eu não me importo em dividir o carro, se for feito de forma decente, mas me importaria em trabalhar nos fds, ou em ter que acordar absurdamente cedo (acordar as 6am sempre foi um inferno pra mim) todos os dias. Eu sei exatamente o que eu aguento ou não. Posso me surpreender positiva ou negativamente, mas enquanto eu puder escolher não arriscar, assim o farei.

Tem coisas que eu não me importo. Igual aquela história de ser parte da família. Sei que tem gente que procura por isso, mas pra mim é bullshit. Família eu tenho no Brasil, não quero uma nova, thanks. Quero ser respeitada pela host family, tá de bom grado. Odeio a idéia de ter que viajar com a host family, de passar o fds junto ou sei lá mais o que. Eu sou mega antisocial nesse ponto. Mas também, não quero ter um relacionamento ruim com eles. Senão nunca vou me sentir a vontade pra nada. Pra ser sincera, não consigo me imaginar a vontade, assistindo tv na sala, todo mundo junto, com os pés em cima do sofá, pedindo pro host encher meu copo de refri quando for na cozinha. Mas vocês me entenderam, né, não quero ter um relacionamento ruim (quem quer? derr). Equilibrio seria tudo nessa hora! rs

Pq estou pensando nisso essa semana? Pq ando conversando bastante com duas famílias, que podem render um match. Ninguém pediu nada ainda, mas pelo menos são as famílias que se mostraram mais interessadas em mim, até hoje, e atravessaram aquela linha que separa as notificações, ou emails que não rendem, daqueles emails mais 'avançados', conversas no skype, onde ambos mostram que o interesse é real.
A primeira família parece ser bacana, a hosta é bem simpática, 3 kids, o schedule é tolerável, tudo normal. Mas não fiquei muito empolgada. É uma família que eu fecharia, mas, sei lá, não deu aquela 'tcham'.
A segunda me empolgou mais. Conversei por skype e fiquei encantadinha. A conversa foi super curta, durou 7 minutos e eu travei. A hosta foi simpática, educada e bem básica, prática, sabe? Nos emails, ela também é assim, o que me deixa super confortável. Depois da conversa no skype, fiquei doidinha com a família, por mim, fechava com eles sem pensar duas vezes. Até que conversei com a atual au pair deles, que é brasileira e pediu rematch. É... As coisas nunca são perfeitas e eu tenho sempre que me lembrar de não esquecer isso. A au pair foi super esclarecedora e super fofa, muito prestativa (taí algo que adoro nesse mundo auperiano, as pessoas são super solidárias e te ajudam muito sem nem te conhecer), tive um papo ótimo com ela. E se eu fosse mais racional, esse papo deveria me fazer desistir da família. Mas nããããão. Ai ceus, eu ainda quero essa family, mesmo sabendo de cada detalhe sem noçao deles, sabendo como é o jeito deles e tudo mais. Mas eu fico pensando, prefiro uma família assim, do que passar por isso e aquilo. Prefiro perder nisso, e ganhar naquilo, do que perder aquilo outro. Dureza! Maldito feeling! Vamos ver, né. A família mesmo nem falou nada de fechar comigo, não sei pq tô sofrendo por antecipação. xD

Contra minha capacidade de fazer a escolha certa, tem também o tempo. Decidi que se eu não conseguir um match pra embarca até agosto, eu vou adiar essa 'coisa' de Au Pair por tempo indeterminado. Tá decidido. Por motivos pessoais, que talvez ninguém concorde, mas é o que eu acho melhor no momento. Apesar de querer muito ser Au Pair, as vezes tenho muito medo de estar 'perdendo' tempo, trabalhando como babá nos eua, sendo que talvez poderia ficar aqui, crescendo na minha profissão, fazendo cursos, estudando, na verdade, o que pega MESMO, é pq quero começar outra faculdade (longa historia) e quanto mais o tempo passa, mais desesperada eu fico. 
Então, nesse desespero de viajar logo, tô ficando meio sem exigências, sabe?! Tudo que aparece me parece bom e tolerável. Não sei se estaria pensando desse jeito se tivesse com tempo de sobra pra embarcar. Saca?!

Bom, é isso. A dica é essa, pesar os prós e contras. Família perfeita não existe, mas existe a família ideal. E procurar por ela é a coisa mais inteligente a ser fazer. Dica de quem já fez coisa errada, o lance realmente é começar o processo com antecedência, pra não deixar a ansiedade, o desespero e a pressa afetarem sua capacidade de julgamento. E sei que tem agências que pressionam, quando a Au pair 'dispensa' muitas famílias. Não sei qual é a política nesses casos, se você tem um número x de famílias pra dispensar ou o que for, maaaas, não escolham sob pressão de jeito nenhum. E caso a escolha não tenha sido a melhor, sempre teremos a oportunidade de tentar uma mudança. Se conseguiremos nos encaixar em alguma família ou não, ah, isso só vivendo pra ver.

Beijos

2 comentários:

  1. Oi Lorena tudo bem? Obrigada por me parabenizar pelo visto :)
    Em breve vc conseguirá o match com a família ideal, Deus está preparando para vc. Eu sei que é difícil controlar a ansiedade, afinal essa escolha de ser Au pair não é uma decisão fácil.
    Até Agosto se vc desistir para fazer outras coisas pense que pelo menos vc tentou e que pode tentar mais uma vez.... aliás quantas vezes quiser.. pois nunca desista de seus sonhos :)

    Bjs.

    ResponderExcluir
  2. Lorena td bem?? Obrigada pelo comentario no meu blog...ja estou te seguindo!!!

    Então sobre sua duvida a regarga minima é U$100,00
    Mais eu não aconselho a colocar muito dinheiro no cartão pq eu ouvi dizer que o pessoal das lojas, mercados, e farmacias não aceitam tão bem assim como dizem o VTM...

    Boa sorte!!!
    Beijos Gi

    ResponderExcluir

 
Copyright (c) 2010 Lores, Au Pair and Powered by Blogger.